terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Os Pré-Socráticos,Dualismo Grego e O Gênio Grego

Os Pré-Socráticos
Por Gabriela Cabral
Os filósofos pré-socráticos são aqueles que antecedem Sócrates. A filosofia originou-se em Mileto na Grécia que abrigou os três primeiros filósofos da história que são: Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Seus objetivos eram de construir uma cosmologia que explicasse o racional e as características do universo para substituir a cosmogonia que se baseava em mitos para explicar a origem do universo. Tales de Mileto (625-558 a.C.)_ Aristóteles o chama de fundador da filosofia e se baseava na água como elemento essencial. Tales achava que todas as coisas tinham algo físico por trás, o que denominaram arqué. Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.)_ Foi discípulo e mais tarde sucessor de Tales. Acreditava que todas as coisas tem um limite e que um elemento limitado não poderia ser o princípio. Anaximandro argumentava contra Tales dizendo que somente um elemento neutro e que estava em tudo é que poderia ser a origem de tudo. Então fundou a astronomia grega. Acreditava que o apeíron que significa o ilimitado e indeterminado seria a origem de tudo. Anaxímenes de Mileto (588-525 a.C.)_ Para Anaxímenes, a origem de tudo, o arque era o ar. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe luz do Sol.
Dualismo Grego
A característica fundamental do pensamento grego está na solução dualista do problema metafísico-teológico, isto é, na solução das relações entre a realidade empírica e o Absoluto que a explique, entre o mundo e Deus, em que Deus e mundo ficam separados um do outro. Conseqüência desse dualismo é o irracionalismo, em que fatalmente finaliza a serena concepção grega do mundo e da vida. O mundo real dos indivíduos e do vir-a-ser depende do princípio eterno da matéria obscura, que tende para Deus como o imperfeito para o perfeito; assimila em parte, a racionalidade de Deus, mas nunca pode chegar até ele porque dele não deriva. E a conseqüência desse irracionalismo outra não pode ser senão o pessimismo: um pessimismo desesperado, porque o grego tinha conhecimento de um absoluto racional, de Deus, mas estava também convicto de que ele não cuida do mundo e da humanidade, que não criou, não conhece, nem governa; e pensava, pelo contrário, que a humanidade é governada pelo Fado, pelo Destino, a saber, pela necessidade irracional. O último remédio desse mal da existência será procurado no ascetismo, considerando-o como a solidão interior e a indiferença heróica para com tudo, a resignação e a renúncia absoluta.
O Gênio Grego
A característica do gênio filosófico grego pode-se compendiar em alguns traços fundamentais: racionalismo, ou seja, a consciência do valor supremo do conhecimento racional; esse racionalismo não é, porém, abstrato, absoluto, mas se integra na experiência, no conhecimento sensível; o conhecimento, pois, não é fechado em si mesmo, mas aberto para o ser, é apreensão (realismo); e esse realismo não se restringe ao âmbito da experiência, mas a transpõe, a transcende para o absoluto, do mundo a Deus, sem o qual o mundo não tem explicação; embora, para os gregos, o "conhecer" - a contemplação, o teorético, o intelecto - tenham a primazia sobre o "operar" - a ação, o prático, a vontade - o segundo elemento todavia, não é anulado pelo primeiro, mas está a ele subordinado; e o otimismo grego, conseqüência lógica do seu próprio racionalismo, cederá lugar ao pessimismo, quando se manifestar toda a irracionalidade da realidade, quando o realismo impuser tal concepção. Todos esses elementos vêm sendo, ainda, organizados numa síntese insuperável, numa unidade harmônica, realizada por meio de um desenvolvimento também harmônico, aperfeiçoado mediante uma crítica profunda. Entre as raças gregas, a cultura, a filosofia são devidas, sobretudo, aos jônios, sendo jônios também os atenienses

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